Este filme narra a história de Dansheng, que, enquanto pratica o cultivo espiritual com o seu mestre Yuan Gong, não consegue esquecer a sua amada raposa demoníaca, Meier. Entretanto, imagens perturbadoras nos seus sonhos deixam-no cada vez mais inquieto, e várias dúvidas vão sendo esclarecidas ao longo da sua jornada em busca do "sonho". Embora Dansheng saiba que a sua identidade é a de um deus celestial, ele começa a questionar as suas próprias ações. A raposa demoníaca Meier representa o grupo que Dansheng deve combater, e o seu relacionamento amoroso coloca-o perante um dilema difícil. A persistência de Dansheng constitui o núcleo temático da sequência, alinhando-se com a noção filosófica de que não existe uma distinção absoluta entre o certo e o errado. O Nove Abismos é formado pelos espíritos ressentidos dos demónios, que, por sua vez, foram mortos por Dansheng. Há demónios como Meier, que nasceram como tal sem terem qualquer escolha. E há humanos como Luan Qing, que, sendo miseráveis na sua condição humana, acabam por se tornar demónios. Quando demónios e humanos se unem numa frente de cooperação, sem distinções de certo ou errado, conseguem eliminar o demónio maligno de todos os males. Esta série eleva o seu tema central ao debater a relação entre o certo e o errado no contexto de demónios e humanos, afastando-se dos conceitos tradicionais de bem e mal e adoptando, em vez disso, uma perspectiva mais focada no ponto de vista dos demónios. "Nascer como um demónio, sem ter escolha" não é um lamento de autocomiseração, mas sim um convite para olharmos para as coisas a partir de múltiplos ângulos, permitindo-nos apreciar o profundo significado filosófico aí subjacente.