Nestes aposentos imperiais, já se desenrolaram demasiadas histórias de favores que florescem e murcham, ascensões e quedas. O destino das concubinas é como uma palha à beira do precipício; por mais astutos que sejam os planos ou ardilosas as maquinações, tudo depende do humor imprevisível da vontade imperial. Ela é Ruyi, outrora conhecida como Qingying da família Ula Nara, sobrinha da imperatriz do Palácio Jingren. A sua posição delicada concedeu-lhe mais autocontenção e paciência do que às outras. Nos momentos de glória, nunca ousou tornar-se arrogante; nos tempos de prisão, bastava-lhe uma palavra dele: "Ruyi, fica descansada" — mesmo que o amor de um imperador nunca seja verdadeiramente livre, para ela era suficiente. No entanto, os conflitos e calúnias nunca a pouparam. Concubinas sofrendo sucessivos contratempos na gravidez e no parto, uma criada de confiança a traí-la... todas as evidências apontavam para Ruyi... Perante uma conspiração tão meticulosa, que hipótese teria ela de se defender? Aquele que outrora lhe apertou a mão e lhe pediu para "ficar descansada" já não a queria olhar, e o que a aguardava seria...