Há dois mil anos, no leito de morte, o feiticeiro "Abominável" Nhagruul - que dedicara sua vida a corromper multidões e espalhar desespero - foi tomado por pânico. Consumido pelo ódio pelos vivos, Nagruul vendeu sua alma a um senhor demoníaco do Abismo sem fundo para preservar sua própria essência maligna. Num ritual agonizante, a pele de Nhagruul foi esfolada e desmembrada, transformando-se nas páginas de um livro; seus ossos fundiram-se na capa da obra; e seu sangue corrupto e impuro tornou-se a tinta que registrou este liber da perdição. Todos que tocavam o tomado eram arrastados à loucura por seu poder ou corrompidos pelo conhecimento profano em suas páginas, afundando na depravação. Os seguidores de Nhagruul espalhavam os sonhos sombrios de seu mestre, deixando rastros de sofrimento e sangue por onde passavam. Criaturas abomináveis emergiam de fossos imundos e tumbas ancestrais, destruindo tudo em frenesi. As cidades-estado e reinos de Karkoth foram corroídos por esta força maligna que se alastrou como praga, até que um grupo de heróis ergueu-se das cinzas - a Ordem do Sol Nascente fez um juramento para trazer novamente esperança aos povos. O deus da luz Pelor, comovido por seu propósito puro, concedeu aos cavaleiros um amuleto capaz de canalizar seu poder divino. Abençoados por esta força, os Cavaleiros do Sol Nascente quebraram as sombras que cobriam a terra. Contudo, nem todos foram tocados por sua glória. Os seguidores de Nhagruul desmembraram o Livro da Corrupção e subornaram três indivíduos consumidos pela ganância para ocultar seus fragmentos, aguardando o dia em que pudessem ser reunidos novamente. Posteriormente, a tinta do livro foi descoberta e destruída. Já as páginas e a capa jamais foram encontradas. As nações viveram séculos de paz, enquanto os antigos cavaleiros entregavam-se à sua própria glória. As memórias dos horrores do passado desvaneceram-se, e com elas desapareceu o poder destes seguidores de Pelor. Convencidos do erro de que o Livro da Corrupção jamais poderia ressurgir, eles gradualmente permitiram-se relaxar sua vigilância...