No terceiro ano da era Huangyou da Dinastia Song do Norte, Fan Zhongyan foi exilado para Qingzhou como governador. Os seus adversários políticos prepararam-lhe uma emboscada a meio do caminho com intenções homicidas; embora tenha escapado por pouco a várias tentativas, acabou por cair nas mãos de bandidos. Graças ao resgate do líder bandido Li Youliang e da sua irmã, Fan Zhongyan conseguiu finalmente assumir o cargo. Durante um ataque dos bandidos à cidade, o vice-magistrado de Qingzhou, Liu Jie, abandonou-a para salvar a própria vida, tornando-se posteriormente um constante opositor de Fan. Ao investigar, Fan Zhongyan descobriu as numerosas transgressões de Liu Jie e apresentou um memorial à corte imperial. Contudo, Liu Jie tinha profundas influências, e a corte não aprofundou o caso. Sob pressão, Fan Zhongyan continuou a lutar contra os funcionários corruptos, enquanto reunia mantimentos, aliviava a fome, desenvolvia projetos de irrigação, cultivava terras férteis, reformava o sistema tributário, reduzia o trabalho forçado, acalmava a população e pacificava as ameaças bandidas. Quando uma praga assolou Qingzhou, Fan Zhongyan, profundamente angustiado, ignorou a doença crítica da sua esposa e aventurou-se nas montanhas em busca de tratamento, conseguindo convencer um mestre budista recluso a salvar o povo. No inverno do quarto ano de Huangyou, Fan Zhongyan foi novamente exilado, desta vez para Yingzhou. Com uma tempestade de neve a cair, ele partiu doente para o seu novo posto, durante a viagem o seu velho criado morreu de frio. Fan Zhongyan, enfrentando o vento e a neve, fitou o céu distante com o coração agitado, permanecendo de pé na tormenta durante longo tempo.