Fang Baihe olhou para a clínica de reabilitação que tantas vezes entrara e saíra, com o coração inundado de emoções contraditórias. Lembrou-se do último pedido de sua mãe no leito de morte - e não havia falhado com ela. Entregara Cheng Mo, o homem que tanto amava, à sua irmã gémea Zilan, pois tanto ela como a mãe sabiam que a irmã, de natureza frágil, poderia ter herdado a doença mental da progenitora. Não podia permitir que a irmã sofresse o mínimo abalo. Mas, de repente, ecoou em seus ouvidos o choro da sua filha recém-nascida - ela recusava-se a acreditar que a criança morrera. Fora Zilan quem destruíra tudo o que tinha, aquela que era a materialização do amor verdadeiro entre ela e Cheng Mo, sua razão de viver. O que ignorava era que, durante esses dezasseis anos, a irmã que julgava feliz também enfrentara um suplício. Quando Zilan e Cheng Mo estavam prestes a casar, Ke Lifan, que sempre a perseguira obsessivamente, violou-a movido por ciúmes doentios e desejo de vingança. O remorso pela irmã e a culpa perante o marido atormentaram a frágil psique de Zilan, levando-a ao colapso mental completo ao descobrir que estava grávida de Ke Lifan. Perante uma Zilan enlouquecida e o filho pequeno, Haiai, Cheng Mo assumiu sozinho todas as responsabilidades.